Publicado em: 01/07/2025
Essa condição, muitas vezes invisível aos olhos, afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, principalmente mulheres. Ela é caracterizada por dores musculares generalizadas e constantes, além de outros sintomas que impactam bastante a qualidade de vida. A fibromialgia é uma síndrome que provoca dores por todo o corpo, acompanhada de fadiga, distúrbios do sono, alterações de memória e humor. Mesmo sem causar inflamações visíveis ou alterações nos exames laboratoriais, a dor é real e pode ser bastante limitante.
As causas da fibromialgia ainda não são completamente conhecidas, mas os estudos indicam que ela está ligada a um desequilíbrio no sistema nervoso central, que passa a interpretar estímulos normais como dor. Fatores genéticos, traumas físicos ou emocionais, estresse excessivo e infecções podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome. Os sintomas mais comuns são:
• Dor generalizada e persistente por mais de 3 meses;
• Fadiga constante, mesmo após uma boa noite de sono;
• Sono não reparador, por mais que pareça que tenha dormido o suficiente;
• Dificuldade de concentração e lapsos de memória (fibrofog);
• Sensibilidade aumentada ao toque, luz e barulho;
• Ansiedade e/ou depressão e, em alguns casos, pode apresentar a Síndrome do intestino irritável.
O diagnóstico da fibromialgia é clínico, feito com base nos sintomas relatados pelo paciente e na exclusão de outras doenças. Não existe um exame específico que aponte a condição, por isso é fundamental procurar um médico, geralmente reumatologista ou especialista em dor, que tenha experiência com a síndrome.
Existe tratamento para essa
doença?
Sim! Embora a fibromialgia não
tenha cura, é possível controlar os sintomas e ter qualidade de vida. O
tratamento é multidisciplinar e pode incluir:
• Medicamentos como analgésicos,
antidepressivos e relaxantes musculares;
• Exercícios físicos regulares
como caminhadas, pilates, hidroginástica, entre outros;
• Terapias complementares como a
acupuntura, massoterapia e meditação;
• Psicoterapia para lidar com o
estresse e os impactos emocionais;
• Educação sobre a doença,
entender a fibromialgia é o primeiro passo para enfrentá-la.
Conviver com fibromialgia é possível, no entanto, pode ser desafiador, mas com acompanhamento adequado e apoio, é totalmente possível recuperar o bem-estar. O mais importante é reconhecer os sintomas, buscar ajuda e não desistir do autocuidado. Se você ou alguém próximo sente dores inexplicáveis, há muito tempo, procure um profissional de saúde. O diagnóstico pode mudar vidas.
Dra. Larissa Mirian da Silva
| CRM-PR 36076
Médica Clínico Geral,
Pós-graduada em Reumatologia e dor crônica.