Publicado em: 25/11/2025
A infância é uma fase crucial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança. Por isso, identificar precocemente sinais de alterações no comportamento ou no desenvolvimento é fundamental para oferecer o suporte necessário. Estar atento aos sinais iniciais pode fazer toda a diferença. Entre os quadros que merecem especial atenção estão os Transtornos do Espectro Autista (TEA) e as Psicoses na infância. Ambos, quando identificados precocemente, têm maiores chances de serem acompanhados com eficácia, promovendo melhor qualidade de vida para a criança e sua família.

O autismo é
um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento
e as interações sociais. O TEA se manifesta de forma única em cada criança,
podendo variar de leve a severo. No entanto, alguns sinais podem ajudar a levantar suspeitas, como:
•
Dificuldade em manter contato visual;
• Atraso na
fala ou na linguagem;
•
Dificuldade em interagir com outras crianças;
•
Resistência à mudança de rotina;
•
Comportamentos repetitivos (balançar o corpo, alinhar objetos, etc.);
• Reações
incomuns a sons, luzes ou texturas.
As Psicoses
na infância são mais raras, mas muito impactantes. Elas envolvem alterações na
percepção da realidade, podendo incluir:
• Delírios
(crenças que não condizem com a realidade);
•
Alucinações (como ouvir vozes ou ver coisas que não existem);
• Isolamento
social severo;
• Oscilações
bruscas nas emoções;
• Falar ou
rir sem razão;
• Pensamentos desorganizados e dificuldade de concentração.

A psicose infantil é diferente do autismo, embora em alguns casos possa haver semelhanças nos sintomas. Por isso, a avaliação cuidadosa, por psiquiatras infantis, psicólogos e neurologistas, é essencial. O diagnóstico do autismo, apesar de clínico, requer uma avaliação multidisciplinar, com observação do comportamento, entrevistas com a família e uso de escalas padronizadas. Quanto mais cedo esse diagnóstico for realizado, maior a possibilidade de intervenção eficaz, com suporte terapêutico individualizado.
Acredita-se que fatores sociais, psicológicos e biológicos podem estar associados ao surgimento de psicoses infantis. Assim, podemos dizer que a psicose se divide em 3 grupos: Paranoia, Esquizofrenia e Autismo. A avaliação não serve para “rotular”, mas sim para entender e apoiar, compreendendo suas necessidades e oferecendo os estímulos adequados para seu desenvolvimento. Um olhar atento, sensível e informado pode transformar a realidade de uma criança.

Estrella Aviles | CRP-08/46196
Psicóloga, Especialista
em Neuropsicologia, Psicologia Jurídica e Psicanálise Psicossomática
Psicanalítica.